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Tallulah Kobayashi de Andrade Car-

valho, a Comissão Assuntos Acadê-

micos de Direito da OAB-SP é um

apoio de peso no estreitamento do

contato com os escritórios de advo-

cacia e os alunos. “A parceria com o

CIEE é positiva, pois auxilia na apro-

ximação dos interesses e das deman-

das, do empregador e do estudante.”

Eduardo Gianini Artigas, 24

anos, é um dos estudantes que se be-

neficiam do estágio, enriquecendo

sua trajetória acadêmica e de futuro

profissional. “O estágio é muito im-

portante, porque mostra na prática

processos, petições e recursos, não

fica só na teoria”, analisa o aluno do

último ano da Faculdades Metropo-

litanas Unidas (FMU), de São Paulo.

Há um ano, Eduardo faz a capacita-

ção prática na Defensoria Pública do

Estado de São Paulo. Já passou por

algumas áreas e agora atua na área de

Fazenda Pública do Estado. A convi-

vência com profissionais gabaritados

fez com que definisse a área em que

pretende atuar profissionalmente,

bastante em voga nos dias atuais: os

crimes tributários.

PÉDIREITONA PROFISSÃO.

muitos comentários no mercado

sobre a saturação da área jurídica.

Mas não é bem assim. Com o de-

senvolvimento da tecnologia e da

vida moderna, o direito ganha no-

vas áreas para atuação profissional,

o que abre mais opções para os pro-

fissionais em início de carreira. Foi

assim que um dos juristas mais re-

nomados do país, Ives Gandra

da Silva Martins, professor

Emérito CIEE/Estadão

2007, começou com o pé

direito na profissão.

Em 1958 houve uma

ampla reforma na

legislação traba-

lhista. Visioná-

rio, o jovem

Ives percebeu

que poderia trabalhar com a nova

demanda, já que todos os advoga-

dos que atuavam na área iam come-

çar da estaca zero, nivelando as

oportunidades. Foi assim que co-

meçou a se destacar no direito tri-

butário, uma especialidade nova na

época. “Viver o direito é ter a certe-

za do exercício de uma atividade

fundamental para a sociedade”, diz.

“E as perspectivas são enormes.”

Além das especialidades tradi-

cionais do direito como o tributário,

criminal, civil, trabalhista e previ-

denciário, há uma série de novas es-

pecializações que demandam cada

vez mais adeptos e ainda são pouco

explorados pelos profissionais. Entre

elas, estão os ramos do direito espor-

tivo, eleitoral, ambiental, biodireito

(ligado à biotecnologia e bioética), de

nanotecnologia, de comércio eletrô-

nico, do petróleo, do consumidor, de

telecomunicações e de redes sociais.

Mesmo com a atratividade dos

novos nichos, vale lembrar o alerta

do ex-ministro da Justiça Marcio

Thomaz Bastos, que morreu em

2014, que via riscos na especializa-

ção nas áreas jurídicas. Segundo ele,

é importante se especializar, mas não

é o caso de fechar as portas para ou-

tros campos. “O profissional de di-

reito é um todo.”

Para tornar-se um bom advoga-

do, é indispensável valorizar a leitu-

ra e a boa redação. É necessário

também se comunicar bem e enten-

der o funcionamento da profissão: o

que faz o advogado, o juiz, o procu-

rador, o defensor e o delegado – to-

das carreiras que exigem diploma de

direito. “É comum, no âmbito fami-

liar, achar que o adolescente que fala

demais, que defende suas opiniões e

ideias de forma contundente, deve

ser advogado. São, na verdade, as ca-

racterísticas mais populares do pro-

fissional de direito, mas não as úni-

cas”, diz Canton.

Cláudio Barreto

“Viver o direito é ter a

certeza do exercício de

uma atividade

fundamental para a

sociedade”

» Ives Gandra da Silva Martins

»

CARREIRA

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