Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  56 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 56 / 68 Next Page
Page Background

56

Agitação | CIEE

»

AGITAÇÃO CULTURAL LANÇAMENTOS

Os sete

pecados

das letras

e dos

números

O

s19 capítulos, assinados por abalizados

especialistas, transformam o livro

São

Paulo de outros tempos

, o quinto volu-

me da série Nossa História, num diversificado

painel do passado da maior metrópole brasileira.

Neles, estão dissecados aspectos que contribuí-

ram para formar a riqueza cultural, econômica,

arquitetônica e a diversidade das nacionalidades

que aqui se miscigenaram para formar uma po-

pulação empreendedora, inovadora e sempre

disposta a desbravar fronteiras tanto geográfi-

cas, como aconteceu com os bandeirantes,

quanto do conhecimento, gerado em suas uni-

versidades de ponta, nos centros de pesquisa,

nos laboratórios de desenvolvimento de produ-

tos das empresas.

O livro é uma coletânea de aulas ministradas

no tradicional Curso de História de São Paulo,

que ocupa o Teatro CIEE durante dez quintas-fei-

ras, no segundo semestre, já há 14 anos conse-

As várias dimensões

da formação de São Paulo

O

número 7 terá mesmo um toque sagrado?

Muitos acreditam e outro tanto descrê. Mas

que há algo de estranho com ele, lá isso há.

Sete são as cores do arco-íris, as vidas do gato, os

dias da semana, as notas musicais, os portais da

eternidade, os anões da Branca de Neve, as cha-

ves que guardam segredos. E por aí vamos. Essas

coincidências são lembradas por Dad Squarisi para

estruturar os capítulos do livro

Os sete pecados

da língua

. Editora do jornal Correio Braziliense,

escritora, palestrante de ciclos de cursos gratuitos

ofertados pelo CIEE a estudantes e aprendizes,

além de colunista de

Agitação

, Dad apresenta um

manual para quem quer escrever com correção,

clareza e um jeito moderno.

Abre o primeiro capítulo –

Os sete

pecados dos numerais

– tratando do ze-

ro à esquerda, “uma nulidade”. Por isso,

nada de escrever 01, 02, etc. em datas

ou outra indicação. Afinal, ninguém diz

mês zero um

ou havia

zero duas pessoas

na sala. Sempre tratando de sete situa-

ções que geram dúvida na hora

de escrever, dá dicas práticas

sobre mais 23 temas, entre os

quais conjugação verbal (os

verbos malandros merecem

dois capítulos), hífen, arti-

gos, concordância, crase,

modismos. O último capítu-

lo, o 25º, subverte a ordem

que rege os anteriores. Compara a língua a um ar-

mário onde cabem todos os tipos de roupas. O de-

safio: escolher a mais adequada para cada ocasião

– baile, cineminha, corrida. O erro, nesses casos,

tem o nome de inadequação. Exatamente como

acontece com os textos. Não há certo ou errado.

Há, sim, o português adequado a cada ocasião: re-

portagens e relatórios pedem fatos e vocábulos

concretos. Salas de bate-papo aceitam abreviatu-

ras e outras invencionices.

Mas, mesmo assim, ela alinha dez princípios

para textos. Quem escreve deve ser claro, preci-

so, natural e fácil; ter leveza (não cansar o leitor

ou ouvinte) e respeito (nem todo mundo gosta de

palavrões); ser surpreendente (despertar cu-

riosidade e fugir dos chavões), dinâmico

(ir logo ao ponto, varia vocabulário, pre-

ferir a voz ativa) e gentil (fugir de pala-

vras que reforçam preconceitos de cor,

idade, altura, preferências sexuais,

etc.). Quem aproveitar as dicas da

Dad, descobrirá como transfor-

mar os sete pecados em se-

te virtudes da língua. Exa-

tamente como os sete pe-

cados capitais têm seus

opostos nas sete virtu-

des – cuja prática, se

dá um pouco de traba-

lho, rende mais re-

compensas.