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EVENTOS
ESCOLHA CRITERIOSA
EVITA DECEPÇÕES
U
m dos momentos mais complexos na vida de
qualquer adolescente é a hora da escolha profis-
sional. Com um cardápio de cursos extenso e o
crescimento de opções de faculdades, a escolha torna-
se cada vez mais dif ícil e problemática. E alguns mitos
ainda prejudicam como: “o mercado já está saturado”;
“essa carreira não remunera bem”; “vou seguir a carreira
do meu pai”. Para o educador
Sandro Vidotto
, o jovem
precisa se conhecer, analisar o perfil do curso e da uni-
versidade e ver se está adequado ao seu feitio. Mas é pre-
ciso cuidado. “Gostar de olhar bichinhos no microscópio
não significa que você quer ser biólogo, mas po-
de mostrar uma tendência para a curiosidade”,
afirmou, durante a palestra
A dificuldade da
escolha de carreiras profissionais pelas
novas gerações
. Ou-
tro ponto para o
qual chamou aten-
ção foram os cur-
sos da moda ou “no-
mes atraentes”, que podem
não atender às expectativas. Ele cita, por exemplo, o cur-
so de turismo, procurado por alunos que se encantam
com viagens. “Muitos deles se decepcionam, ao desco-
brir que não vão viajar, mas vender paco-
tes turísticos.” Também ocorre algo
parecido na área de criação de
ga-
mes
. Por adorar jogos, muitos so-
nham com a carreira, mas a maio-
ria não tem ideia dos conceitos de
matemática e programação envolvi-
dos na criação de um
ga-
me
. Segundo ele, para
se dar bem em qual-
quer carreira, é ne-
cessário ater-se a três
pontos: competência
técnica, comporta-
mental e gerencial.
27/6 – Auditório Er-
nesto Igel, em São
Paulo/SP.
AS REDES SOCIAIS E A
BUSCA DE VAGAS
A
audiência global de
sites
como Facebook (2 bilhões), Instagram (700 mi-
lhões), Linkedin (467 milhões) tornam a convivência com as redes sociais
quase obrigatória na vida pessoal e profissional. O fenômeno faz parte da
pós-modernidade e da sociedade do espetáculo – termo surgido nos anos 1960
quando as ações pessoais começaram a sair do privado para o público. O espetá-
culo, no caso, era a afirmação da aparência. Com as redes sociais, esse movimento
exacerbou-se. “As pessoas começaram a construir uma imagem para si que não é
real”, analisa o psicanalista
Antonio de Barros Junior,
que ministrou palestra no
Ciclo CIEE de Orientação e Informação Profissional (OIP), com o tema
Quem vê
perfil, não vê coração: emprego, desemprego e construção de imagens de si nas redes
sociais
. Segundo ele, as pessoas fazem posts no Facebook e no Instagram, e se não
tiverem curtidas, até os apagam. Merece também atenção a busca de perfis nas re-
des por recrutadores de candidatos a emprego. Portanto, cuidado com o que se
coloca na internet. “Gírias, palavras de baixo calão, erros grosseiros de português...
Tudo isso pode ser avaliado como inadequado pelo mercado de trabalho.”
30/5 – Teatro CIEE, em São Paulo/SP.
Servfoto
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Agitação | CIEE